Lembranças Inspiradas pelo Jogo do US Open
Olha, esses dias eu tava vendo umas paradas sobre o jogo do US Open, aquela competição de tênis lá nos Estados Unidos. Muita gente correndo pra lá e pra cá, aquela bola amarela voando… e isso me trouxe umas lembranças aqui na cabeça.
Não tem nada a ver com tênis, na verdade. Mas me lembrou uma época que eu resolvi inventar moda aqui em casa. Sabe como é, a gente vê uma coisa, acha que vai ser fácil, e se joga.
Eu tinha saído de um trampo meio chato, tava com um tempo livre e uma graninha guardada. Aí pensei: “Quer saber? Vou montar uma pequena marcenaria na garagem!”. Sempre gostei de mexer com madeira, fazer uns móveis pequenos, prateleira, essas coisas. Achei que podia virar um negócio, fazer umas peças personalizadas pra vender pros vizinhos, pra galera do bairro.
Aí começou a saga:
- Primeiro foi limpar a garagem, que tava cheia de tranqueira acumulada há anos. Levei quase uma semana só nisso.
- Depois, fui comprar as ferramentas. Pesquisei um monte, mas queria economizar. Acabei pegando umas mais baratas. Grande erro!
- Comecei a tentar fazer umas peças simples. Uma mesinha de centro, um banquinho… Rapaz, não é tão fácil quanto parece nos vídeos da internet!
- A madeira que eu comprava nem sempre vinha boa. Às vezes rachava, empenava.
- As ferramentas baratas? Uma serra tico-tico que parecia que ia desmontar na minha mão, uma lixadeira que mais esquentava do que lixava.
- Fiz uma sujeira danada na garagem. Pó de madeira pra todo lado, minha esposa quase me expulsou de casa.
Lembro de um dia que tentei fazer uma estante mais elaborada. Gastei um dinheirão na madeira, medi tudo umas dez vezes. Na hora de montar, percebi que tinha cortado umas peças erradas. Que raiva que deu! Parecia aqueles jogadores no US Open que erram uma bola fácil e ficam se xingando.
A vizinhança até ficou curiosa no começo, vinham dar uma espiada. Mas encomenda que é bom, quase nada. Fiz uma prateleira pra Dona Maria, um conserto numa cadeira pro Seu João, e só. O dinheiro que entrou não pagava nem a poeira que eu levantava.
No fim das contas, a “marcenaria promissora” virou meu cantinho de bagunça organizada. Uso pra consertar as coisas de casa, fazer um projetinho ou outro pra mim mesmo, sem pressão de vender nada. Aprendi que ter um hobby é uma coisa, transformar ele em negócio é outra bem diferente. Exige planejamento, investimento certo, e muita, mas muita paciência.
Então, quando eu vejo aqueles jogos do US Open, a galera suando a camisa, lutando por cada ponto, mesmo quando tá difícil… eu penso nessa minha aventura na garagem. A gente se esforça, tenta, às vezes dá certo, às vezes não. Mas o importante é a experiência que fica, né? Pelo menos hoje eu sei consertar a porta do armário sem chamar ninguém!