Comecei o meu dia com um café bem forte
Peguei meu caderninho de treino e fui pro quintal, que tá virando meu mini-campo de vôlei. Meu vizinho até zoou dizendo que tava achando que era o William, o tal do Volei! Risada gostosa pra começar.
Primeiro passo: treinar o saque
Peguei aquela bola meio murcha que tenho e fiquei atrás da linha imaginária. Primeiros dez saques foram uma vergonha – três batendo na rede, dois indo pro telhado do Seu Silva. Lembrei que preciso dobrar mais os joelhos e acertar o centro da bola. Fiz 30 repetições até acertar um saque que ficou “plim!” na rede e passou.
Aí veio a parte de recepção
Coloquei uma caixa de sapato pendurada na cerca pra simular onde eu queria que a bola caísse. Primeiras recepções foram igual bailarina bêbada – a bola tava indo pra tudo quanto é canto! Fiz assim:
- Comecei jogando a bola contra o muro
- Treinei fechar os braços mais cedo
- Observei o ponto que a bola bate nos antebraços
- Repeti 50 vezes até acertar 5 vezes seguidas na caixa
Meus braços ficaram vermelhos igual pimenta, mas valeu!
Aula de ataque no concreto
Pra simular um bloqueio, amarrei uma corda entre duas árvores a dois metros de altura. Os primeiros ataques foram só pancada – bola batendo na corda e voltando na minha cara! Aprendi na marra:
- Errei porque tava batendo com o braço dobrado
- Corrigi esticando o braço todo antes de bater
- Foquei em olhar a linha superior da corda
- Quando acertava, fazia gritinho de comemoração
Depois de umas 40 tentativas, consegui passar 7 vezes seguidas por cima da corda!
A cereja do bolo: a defesa
Essa parte foi mais suja! Deitei na terra e pedi pra minha filha jogar a bola contra o muro pro eu tentar pegar no chão. Primeiro tombei feito pato, depois levantava com o joelho sangrando. Mas no fim descobri o segredo:
- Tem que mergulhar com os pés na direção da bola
- Girar o corpo na hora do impacto
- Deixar a perna mais forte em baixo pra empurrar de volta
Claro que fiquei todo arrepiado com os movimentos!
Como tô agora depois do treino
Suado igual porco, cansado mas feliz. Meu saque ainda não é perfeito, mas tão mais precisos. Na recepção consigo controlar melhor pra onde vai a bola. E na defesa? Nem sempre me levanto bonito, mas tô pegando bolas que antes eram ponto certo do adversário!
Resumo da ópera: não virar o William do vôlei em um dia, mas cada treino assim me aproxima mais. Só não recomendo fazer isso no calor de meio-dia igual eu fiz – quase derreti!